O objetivo foi verificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e sua associação com qualidade de vida em jovens da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Estudo transversal de base populacional com jovens de 18 a 24 anos. A seleção amostral foi realizada por conglomerados. Para a investigação dos transtornos mentais comuns foi aplicado o Self Report Questionnaire (SRQ-20), enquanto os níveis de qualidade de vida foram mensurados por intermédio da Medical Outcomes Survey Short-form General Health Survey (SF-36). A prevalência de TMC na amostra estudada foi de 24,5% (N = 382), apresentando-se mais evidente entre as mulheres, entre aqueles que pertenciam à menor classe socioeconômica (D ou E), não estavam estudando, não estavam trabalhando, consumiram álcool e usaram tabaco pelo menos uma vez na última semana e que fizeram uso de alguma substância ilícita nos últimos três meses. Os jovens com TMC obtiveram uma menor média nos escores da SF-36 em todos os domínios de qualidade de vida avaliados. Deve-se investir em medidas preventivas de TMC no intuito de proporcionar uma melhor qualidade de vida à população.
ResumoObjetivo: Verifi car o impacto da percepção de baixo suporte social durante a gestação como fator de risco para a depressão no período de 30 a 60 dias pós-parto. Método: Este estudo de coorte teve como população-alvo gestantes atendidas no Sistema Único de Saúde na cidade de Pelotas (RS). Para avaliar depressão pós-parto, foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). Foram consideradas deprimidas as parturientes que atingiram ≥ 13 pontos na escala. Resultados: Das 1.019 mulheres avaliadas, 168 (16,5%) apresentaram depressão pós-parto. Aquelas que não receberam suporte do companheiro (p = 0,000), de familiares (p = 0,000) e de amigos (p = 0,000) demonstraram maior risco de ter depressão pós-parto. Conclusão: Nossos achados sugerem que a percepção de suporte social durante a gravidez pode ser um fator protetor para a depressão pós-parto. Descritores: Apoio social, depressão pós-parto, gestantes. AbstractObjective: To assess the impact of low perceived social support during pregnancy as a risk factor for depression within 30 to 60 days postpartum. Method: This cohort study included pregnant women treated at public hospitals (Brazilian Unifi ed Health System) in the city of Pelotas, state of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Postpartum depression was assessed using the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). Women with scores ≥ 13 points were considered to be depressed. Results: Of the total of 1,019 women assessed, 168 (16.5%) presented postpartum depression. Women who did not receive support from their partners (p = 0.000), their families (p = 0.000), and friends (p = 0.000) were at higher risk for developing postpartum depression. Conclusion: Our fi ndings suggest that perceived social support during pregnancy may be a protective factor against postpartum depression. Keywords: Social support, postpartum depression, pregnancy. Artigo original Correspondência IntroduçãoA depressão materna pode ocorrer no período de até 12 meses após o parto (período pós-parto), possui as mesmas características da depressão na população em geral, como humor deprimido, perda de interesse ou prazer pelas coisas, sentimentos de baixa autoestima e diminuição da concentração 1 . Além disso, frequentemente esse período é marcado por alterações hormonais e mudanças no caráter social, na organização familiar e na identidade feminina 2 .Os episódios de depressão pós-parto (DPP) apresentam sintomas de irritabilidade leve ou severa, tristeza, ansiedade, oscilação de humor e fadiga. A DPP pode durar meses, apresentando sintomas intensos que acabam impossibilitando as tarefas diárias atribuídas à mãe nesse período. A maioria dos estudos refere que a DPP atinge de 10 a 15% das mulheres 3-5 . Entretanto, no Brasil, algumas das prevalências encontradas foram 13,4% em Brasília 6 , 37,1% em São Paulo 7 e 19,1% em Pelotas 8 .São considerados fatores de risco para a DPP vivenciar eventos estressantes, relação marital precária, pouco suporte social, história de depressão ou ansiedade durante a gravidez e história familiar pr...
Objective: To assess the prevalence of anxiety disorders and associated factors in young adults. Methods: Cross-sectional population-based study of individuals between the ages of 18 and 24 years randomly selected from 89 census-based sectors to ensure an adequate sample size. Household selection within the sectors was performed according to a systematic sampling process. Anxiety disorders were assessed using the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI). The final sample comprised 1,560 young adults. Results: Of the participants who were diagnosed with anxiety disorders, 12.3% had agoraphobia, 9.7% had generalised anxiety disorder, 4.0% had social phobia, 3.3% had obsessive-compulsive disorder, 2.5% had panic disorder, and 2.1% had post-traumatic stress disorder; only 23.8% had received any previous treatment. Anxiety disorders were associated with sex, socioeconomic status, psychiatric problems in parents, alcohol abuse, and tobacco use. Conclusions: The identification of factors associated with anxiety disorders in young people enables us to develop intervention strategies. Anxiety disorders are not only highly prevalent but are also associated with significant functional impairment, significant reductions in quality of life, lower productivity, and higher rates of comorbidities.
Introduction Few studies have evaluated positive measures for therapeutic response. Thus, the objective of this study was to assess the effects of resilience on severity of depressive and anxious symptoms after brief cognitive psychotherapy for depression. Methods This was a clinical follow-up study nested in a randomized clinical trial of cognitive therapies. The Resilience Scale was applied at baseline. The Hamilton Anxiety Rating Scale (HARS) and the Hamilton Depression Rating Scale (HDRS) were used at baseline, post-intervention, and at six-month follow-up. Results Sixty-one patients were assessed at baseline, post-intervention and at six-month follow-up. Resilience scores were significantly different between baseline and post-intervention assessments (p<0.001), as well as at baseline and at six-month follow-up (p<0.001). We observed a weak negative correlation between baseline resilience scores and HDRS scores at post-intervention (r=-0.295, p=0.015) and at six-month follow-up (r=-0.354, p=0.005). Furthermore, we observed a weak negative correlation between resilience scores and HARS scores at post-intervention (r=-0.292, p=0.016). Conclusion Subjects with higher resilience scores at baseline showed a lower severity of symptoms at post-intervention and at six-month follow-up.
Objective: To verify early experiences of childhood abuse and neglect among young with bipolar disorder (BD), major depression (MDD), and controls. Method: Case-control study nested to a population-based cross-sectional study. The diagnosis was performed via the structured clinical interview for DSM--IV Axis I Disorders (SCID). Traumatic events were analyzed using the Portuguese version -Questionário sobre Traumas na Infância (CTQ) -based on the Childhood Trauma Questionnaire. Results: The sample comprised 231 adolescents with 95 individuals in the control group, 82 with MDD and 54 with BD (32 of type I and 22 type II). The prevalence of trauma or violence in childhood was 42.2%; among those, 54.7% had BD, 62.2% had MDD and 18.1% were in the control group. Young people with BD or MDD obtained higher means in total CTQ and among their components when compared with those in the control group. Discussion: Reports on early traumatic experiences were more frequent among young people with mood disorders than in the general population, corroborating the literature on the subject. In this sense, the traumatic experiences during childhood seemed to contribute to the onset of the disorder.Konradt CE, et al. / Rev Psiq Clín. 2013;40(3):93-6 Keywords: Early trauma, traumatic experience, mood disorders, bipolar disorder, major depression. ResumoObjetivo: Verificar vivências precoces de abuso e negligência na infância entre jovens com transtorno bipolar (TB), transtorno depressivo maior (TDM) e controles populacionais. Método: Estudo de caso-controle aninhado a um estudo transversal de base populacional. A confirmação do diagnóstico foi realizada por meio de entrevista clínica estruturada para transtornos de eixo I do DSM-IV (SCID) e os eventos traumáticos foram verificados pelo Questionário sobre traumas na infância (CTQ). Resultados: A amostra foi composta por 231 jovens, sendo 95 indivíduos no grupo controle, 82 com TDM e 54 com TB (32 do tipo I e 22 do tipo II). A prevalência de trauma na infância foi de 42,2%, sendo 54,7% entre aqueles com TB, 62,2% entre os jovens com TDM e 18,1% entre o grupo controle. Os jovens com TB ou TDM apresentaram maiores médias no CTQ total e entre seus componentes quando comparados aos jovens do grupo controle, exceto o componente abuso sexual, em que se observou diferença estatística apenas entre o grupo controle e o grupo de jovens com transtorno bipolar. Conclusão: O relato de vivências traumáticas precoces foi mais presente entre os jovens com transtornos de humor do que na população geral, confirmando o que a literatura traz sobre o tema. Nesse sentido, as vivências de trauma na infância parecem contribuir para o aparecimento dos transtornos de humor. Konradt CE, et al. / Rev Psiq Clín. 2013;40(3):93-6 Palavras-chave: Trauma precoce, vivências traumáticas, transtornos de humor, transtorno bipolar, depressão maior.
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