La pureza del samurái -historia y política en el pensamiento de Yukio MishimaThe purity of the samurai -history and politics in Yukio Mishima's thought ________________________________________________________________________________ Carimo MOHOMED  Resumo: Neste artigo analisa-se o pensamento político de Yukio Mishima (1925-1970, um dos escritores japoneses mais famosos e polémicos que, após tentar um golpe de Estado falhado, cometeu seppuku, o suicídio ritual samurai. Através da leitura e análise das suas obras mais relevantes, podemos ver como o escritor recuperou, releu e reinterpretou elementos da história e cultura japonesas tradicionais para responder a aquilo que ele considerava como a decadência da moderna sociedade japonesa da segunda metade do século XX. Muito importante no pensamento político de Mishima foi a figura do samurai que, para o escritor, corporizava a pureza e a verdadeira alma do povo japonês. Palavras-chaves: Yukio Mishima, Japão, Século XX, Tradição, Modernidade.Resumen: En este artículo se analiza el pensamiento político de Yukio Mishima (1925-1970, uno de los escritores japoneses más famosos y polémicos que, tras intentar un fallido golpe de Estado, se hizo el seppuku, el suicidio ritual samurái. A través de la lectura y análisis de sus obras más relevantes, podemos ver cómo el escritor recuperó, releyó y reinterpretó elementos de la historia y cultura japonesas tradicionales para responder a lo que él consideraba como la decadencia de la moderna sociedad japonesa de la segunda mitad del siglo XX. Muy importante en el pensamiento político de Mishima fue la figura del samurái que, para el escritor, corporizaba la pureza y la verdadera alma del pueblo japonés. Palabras clave: Yukio Mishima, Japón, Siglo XX, Tradición, Modernidad. Abstract:In this article we analyse the political thought of Yukio Mishima (1925Mishima ( -1970, one of the most famous and polemic Japanese writers who, after an attempted failed coup, commited seppuku, the ritual samurai suicide. Through the reading and analysis of his most relevant works, we can see how the writer recovered, reread and reinterpreted traditional elements from Japanese history and culture in a way in which he tried to respond to what he considered the decadence of modern Japanese society in the second half of the 20 th century. Very important in Yukio Mishima's political thought was the figure of the samurai, whom the writer considered as the embodiment of the purity and true soul of the Japanese people.

No abstract

Resumo: Em 1930, Muhammad Iqbal (1877-1938 concebeu pela primeira vez a criação de um estado separado para os muçulmanos indianos, para quem, na sua opinião, a força formativa mais importante ao longo da História tinha sido o Islã. Apesar de ter sido elaborado sob ideologias seculares, o movimento pela criação do Paquistão só conseguiu mobilizar as massas apelando ao Islã, pelo que o nacionalismo ficou dependente dele e, como consequência, politizou a fé. Um número de organizações religiosas e comunitárias muçulmanas assinalou a importância de promover o nacionalismo muçulmano bem como a consciência política e os interesses da comunidade. À medida que a criação do Paquistão se foi tornando cada vez mais evidente, Abu'l 'Ala Mawdudi (1903Mawdudi ( -1979 aumentou seus ataques contra a Liga Muçulmana, opondo-se à ideia de nacionalismo muçulmano, pois isto excluiria o Islã da Índia. O aumento do caráter comunitário do debate político na Índia na época, o apelo feito aos símbolos religiosos na formulação de novas alianças políticas e os programas de diferentes grupos muçulmanos, bem como dos líderes da Liga Muçulmana, criaram um clima no qual o discurso teológico de Mawdudi encontrou eco e importância. Este artigo, usando em particular o pensamento político de Muhammad Iqbal e Abu'l 'Ala Mawdudi, analisa a forma como o Islã foi utilizado para justificar um estado separado para os muçulmanos indianos e os impactos e desafios sobre o processo político e a sua evolução, ao mesmo tempo que conclui que o "Islã", como símbolo político, pode assumir diferentes formas de acordo com as ideias previamente defendidas por aqueles que o praticam.

Analysing the book The Proposed Political, Legal, and Social Reforms in the Ottoman Empire and Other Mohammadan States (1883) and undertaking a historical contextualization, this paper problematizes the epistemis and epistemological framework underlying the articulation of Chiragh 'Ali's discourse, focusing on how he viewed the Qur'an and Shari'a according to the intellectual debates in the 19 th century. Often refuting, in his writings, missionary and Orientalist criticisms of Islam as being hostile to reason and incapable of reform, Chiragh 'Ali rather argued that the Islamic legal system and schools were human institutions capable of modification. While defending that the Qur'an taught religious doctrine and rules for morality, Chiragh 'Ali held the opinion that it did not support a detailed code of immutable civil law or dictate a specific political system, drawing on an examination of the traditional sources of the Islamic law and methods to overcome the rigidity of traditional theologians.