Frente às questões que envolvem gerenciamento e escassez de recursos hídricos, este trabalho tem como objetivo caracterizar a morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Cotia (BHRC) – São Paulo (SP). Para tal fim, foram empregadas técnicas geotecnológicas e o modelo digital de elevação (MDE) Alos-Palsar para a determinação de parâmetros morfométricos e extração de drenagem, baseando-se em cinco áreas de contribuição. Os resultados apontaram que a bacia apresenta um formato alongado e com cursos d’água de até 6ª ordem. A BHRC apresenta alta densidade de drenagem, predominância de relevo com inclinação ondulada (8 a 20%) e redes de drenagem do tipo dendrítica. O Rio Cotia tem uma extensão de 35,7 km e a bacia tem uma área de 251,37 km² e um perímetro de 141,97 km. Os parâmetros de fator de forma (0,20), índice de circularidade (0,16), coeficiente de compacidade (2,51) e índice de sinuosidade (1,00) exibiram que a bacia tende a ter alto escoamento superficial e baixa probabilidade de enchentes. Portanto, os indicadores morfométricos podem ser usados em estudos comparativos entre bacias hidrográficas, além de identificar zonas mais adequadas para determinados usos de ocupação do solo, evitando-se impactos negativos e auxiliando, desta forma, na implementação de modelos de gestão ambiental.
Os instrumentos legais previstos na legislação brasileira são essenciais para a preservação ambiental. Portanto, propõem-se a identificação das áreas protegidas de acordo com a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (LPVN) para a interligação da Floresta Nacional de Ipanema ao Parque Natural Municipal Corredores de Biodiversidade, com auxílio do software ArcGIS 10.6, para comparação dos resultados de uso e ocupação do solo de 2008 antes da alteração do Código Florestal pela LPVN em 2019, a fim de identificar as áreas em que foram concedidas anistias, e estabelecidas as Áreas de Preservação Permanente (APP). Para estabelecimento das áreas em imóveis rurais protegidas legalmente foram utilizados os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo subtraídas as áreas consolidadas preexistentes a 2008 localizadas nos limites das APPs. Foram verificados que não houve áreas com anistia a serem consideradas dentro das APPs. Observou-se um aumento na expansão urbana de 12 km2 e uma redução da área de pastagem nos anos estudados. Verificou-se ainda que do total da área de estudo de 406 km2, desconsiderando as áreas das Unidades de Conservação somente 47,95 km2 estão protegidos legalmente. Verifica-se ainda que 57% das áreas protegidas devem ser recuperadas por estarem em desacordo com a Lei.
Este artigo tem o intuito de analisar a situação do saneamento básico em 2015 por meio de indicadores e sua relação com a dinâmica demográfica dos anos 2000 e 2015 na Unidade de Negócio Oeste (MO) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pelo uso do geoprocessamento. Foram criados mapas no software QGIS que possibilitaram a espacialização dos indicadores analisados para os anos de 2010 e 2015, os quais são: a) atendimento de água, b) atendimento de esgoto, c) perdas na distribuição, d) cobertura de co- leta direta de resíduos sólidos urbanos (RSU) e e) massa coletada de RSU. Houve um aumento na densidade populacional média da MO que saltou dos 5.414,73 hab./km² em 2000 para os 6.650,26 hab./km² em 2015, resultando em uma aglomeração maior de pessoas nas áreas urbanizadas. Dos indicadores, cinco tiveram uma relativa melhoria e um, o de perdas na distribuição, teve um retrocesso. A metodologia é útil para avaliar os in- dicadores, a servir como balizadora para estudos futuros em outras áreas operadas pela Sabesp. Palavras-chave: Esgotamento Sanitário. Abastecimento de Água Potável. Resíduos Sólidos. Densidade De- mográfica. Geoprocessamento. This article intends to analyze the situation of basic sanitation in 2015 through indicators and its relation with the demographic dynamics of the years 2000 and 2015 in the Business Unit West (MO) of the Sanitation Company of the State of São Paulo (Sabesp) through the use of geoprocessing. The maps were created in the QGIS software that enabled the spatialization of the analyzed indicators for the years 2010 and 2015, which are: a) water supply, b) sewage service, c) distribution losses, d) direct collection of urban solid waste and e) mass collected from urban solid wasted. There was an increase in the mean population density of MO from 5,414.73 inhab./km² in 2000 to 6,650.26 inhab./km² in 2015, resulting in a larger population crowding in urbanized areas. Of the indicators, five had a relative improvement and one, the one of losses in the distribution, had a setback. The methodology is useful to evaluate the indicators, to serve as a beacon for future studies in other areas operated by SABESP. Keywords: Sanitary sewage. Drinking Water Supply. Solid Waste. Demographic Density. Geoprocessing.
As propriedades geomorfométricas de uma bacia hidrográfica servem como parâmetros para planejamento ambiental e ordenamento territorial, em especial o manejo de recursos hídricos. Esta pesquisa objetiva comparar as variáveis morfométricas da rede de córregos e microbacias extraídas do Modelo Digital de Elevação (MDE) da Unidade de Negócio Oeste (MO) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), por meio de quatro ferramentas de geoprocessamento: SAGA, TauDem, GRASS e ArcGIS. Foi usado como base o MDE Topodata do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os resultados obtidos mostraram que as quatro redes de drenagem extraídas possuem relativa similaridade geométrica, apesar dos indicadores morfométricos apresentarem valores diferentes, como por exemplo a Densidade de Drenagem (Dd) e Ordem Hídrica (Strahler) que foram maiores para o provedor TauDem. Os algoritmos TauDem e GRASS delimitaram as microbacias com maior detalhamento, já os provedores ArcGIS e o SAGA mapearam as áreas de contribuição de forma mais generalizada.
Os processos erosivos são um dos problemas mais atuantes da degradação do solo. A delimitação de regiões com problemas de erosão hídrica é necessária para implantar técnicas conservacionistas que reduzam tal ocorrência. A Equação Universal de Perda de Solo (EUPS) se mostra eficiente para diagnosticar a erodibilidade do solo, uma vez que já foi aplicado em vários estudos. Diante do exposto, o objetivo deste artigo foi estimar a perda de solo por erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Jundiaí-Mirim (BHJM) com auxílio de técnicas de geoprocessamento. Os resultados mostraram que, para o ano de 2015, a bacia perdeu em média 5,21 t.ha-1.ano-1 de solo, apresentando uma predominância de classe do tipo “Nulo a Muito Baixo” com cerca de 80% em relação à área de estudo, sendo o K e o CP os que mais contribuíram para essa perda. A BHJM apresentou um Risco de Erosão Potencial (REP) do tipo Muito Alto, com cerca de 49% em relação à área total; já considerando o Risco de Erosão Emergente (REE), a bacia apresentou a classe mais frequente como Muito Baixo, com cerca de 70% em relação à área da bacia, devido à predominância do Latossolo Vermelho-Amarelo e sua baixa erodibilidade. Os resultados apontam que a ausência das práticas conservacionistas pode aumentar sensivelmente as perdas de solo em bacias hidrográficas. Nesse cenário, observou-se também que o uso de geotecnologias na integração de informações permitiu a quantificação e espacialização da perda do solo, uma importante informação para a elaboração de modelos de gestão.
Introdução: A transformação da paisagem ocasionada pelo homem causa diversos impactos negativos ao meio ambiente, como poluição de cursos d’água, contaminação de solo, erosão e enchentes, sendo que a aplicação de indicadores de sustentabilidade ambiental ajuda a mensurar a ação antropogênica. Objetivo: Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar o Índice de Transformação Antrópica (ITA) para a Bacia Hidrográfica do Rio Cotia (BHRC). Metodologia: Pesquisa desenvolvida no Estado de São Paulo, por meio de técnicas de geoprocessamento para uma análise multi temporal em três épocas distintas para o uso da terra: 2002, 2011 e 2019. Resultados: Os resultados indicaram, para o período inteiro, aumento nos percentuais das classes de: 114,68% de área urbana, 64,10% de indústria e 21,52% de solo exposto; e diminuição nos percentuais das classes de: 51,06% de pastagem, 86,94% de agropecuária e 9,18% de vegetação arbórea. Verificou-se que o ITA médio para a bacia inteiro aumentou de 3,10 em 2002 para 3,50 em 2011 e finalmente para 3,84 em 2019, caracterizando-se como de degradação média. Observou-se que a área de contribuição (AC) COGR0090 manteve-se classificada de fraca degradação e as demais como fortemente degradadas no período. Conclusão: Portanto, evidenciou-se que a BHRC se encontra num intenso processo de expansão urbana, fragilizando as áreas naturais do Baixo Cotia e colocando em risco a biodiversidade da Reserva do Morro Grande
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