O diagnóstico ambiental é a caracterização da qualidade de uma área, de modo a fornecer conhecimento suficiente para embasar a identificação e a avaliação de impactos nos meios, físico, biológico e socioeconômico. Com isso, tem-se que o meio físico se constitui dos corpos d'água e regime hidrológico e o biológico constitui-se da fauna e da flora, com destaque das espécies indicadoras da qualidade ambiental. Por fim, o socioeconômico refere-se ao uso e ocupação do solo e dos recursos ambientais (BRASIL, 1986).Ademais, com o intuito de disciplinar e limitar a interferência antrópica em determinadas áreas desses meios, o antigo Código Florestal Brasileiro, lei 4.771:1965, criou as Áreas de Preservação Permanente (APP). Os tipos mais comuns de APP's são as matas ciliares, localizadas junto aos cursos d'água, represas, lagos naturais, ao redor de nascentes, em topo de morros e em declividades maiores que 45º C. O conceito é mantido atualmente pelo Novo Código Florestal, lei 12.651:2012, de modo a preservar os recursos naturais, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, o solo e a segurança do bem-estar das populações (PECHE FILHO et al., 2013).Nesse sentido, os confrontos diretos e indiretos entre o homem e a natureza tem ocasionado impactos ambientais, como o desflorestamento, as queimadas e a poluição da água. Portanto, tempestades, enchentes, incêndios florestais, terremotos e outros são considerados fenômenos naturais, os quais provocam alterações no meio ambiente, no entanto, não é caracterizado como impacto ambiental (SANCHEZ, 2013).Em razão disso ocorrem impactos por atividade antrópica. No que tange aos impactos ambientais, o processo de urbanização decorrente do aumento populacional é considerado como um dos problemas agregados a esses impactos, visto que, há ocorrência de ocupação habitacional irregular às margens de rios, o que ocasiona a remoção de matas ciliares, que são vegetação nativa extremamente importante para o corpo hídrico e para manutenção do equilíbrio de determinado ecossistema (DIAS; SANTOS; AGUIAR, 2016).Essa ocupação, no Brasil, sempre foi caracterizada pela ausência de preparação e, consequentemente, por destruir os recursos naturais, em particular, córregos e florestas. Isso ocorre principalmente em áreas (terras) próximas a cursos d'água, devido às condições favoráveis ao transporte, à geração de energia, ao abastecimento e à irrigação para a produção de alimentos destinados ao consumo humano. No entanto, essa ocupação causa um crescimento desordenado de domicílios urbanos em áreas que deveriam ser preservadas para manter o equilíbrio ecológico e hidrológico de uma microbacia (SANTANA, 2011).Desse modo, os impactos oriundos da urbanização comprometem o corpo hídrico e ocasionam prejuízos para toda a coletividade, uma vez que a degradação dos rios possui um elevado preço, pago em razão de um modelo de crescimento urbano que não está comprometido com o meio ambiente. Grande parte dos problemas relacionados aos recursos hídricos, por exemplo, têm como causas principais a má utiliza...
Resumo. As construções de usinas hidrelétricas muitas vezes causam desequilíbrio ambiental, social, além dos reassentamentos urbanos que são geradores de impactos ambientais. O objetivo deste trabalho foi avaliar, identificar e interpretar qualiquantitativamente os impactos ambientais na área que compreende o Reassentamento Urbano Coletivo (RUC) São Joaquim, Bairro São Joaquim, Altamira, Estado do Pará, Norte do Brasil. O método aplicado foi o hipotético-dedutivo, com pesquisa exploratória, observativa, sistemática, direta, executada em três etapas distintas, (1) levantamento de dados documentais com recorte temporal compreendido entre 2008 a 2017; (2) dez visitas técnicas para caracterizar os meios físicos, bióticos e antrópicos, bem como as respectivas alterações causadas nesses meios, por fontes antrópicas, e os impactos positivos e negativos; e (3) 30 entrevistas informais para identificação de pontos chaves da situação atual do reassentamento, posterior elaboração e aplicação de 150 formulários mistos, in loco, para a identificação da percepção ambiental desta comunidade e da qualidade ambiental da localidade. Os dados obtidos e analisados indicaram que a qualidade de vida desses indivíduos melhorou (86,6%) e citaram a infraestrutura ofertada como um benefício ao deslocamento involuntário. Os impactos negativos (76%) e positivos (24%) foram distribuídos nos três meios (biótico, físico e antrópico), entre eles, a disposição inadequada de resíduos sólidos no reassentamento (V = -9; S: Média). Todavia, os impactos ambientais e socioeconômicos ainda persistem no RUC São Joaquim e necessita que sejam aplicadas políticas públicas voltadas para a sua diminuição.Palavras-chave: Deslocamento involuntário; Matriz de impacto; Qualidade de vida.
BITENCOURT, Emanoelen Bitencourt e. Et al. Caracterização físico-química e microbiológica quanto a influência de resíduos na qualidade da água do Rio Tocantins, margem esquerda (MARABÁ-PA). Revista Científica Multidisciplinar
RESUMOA degradação ambiental apresenta uma ligação direta com a perda da diversidade biológica ou biodiversidade em função do uso dos recursos naturais, o que compromete a conservação e manutenção dessa diversidade. O objetivo dessa pesquisa foi a realização de uma revisão integrativa para analisar os estudos relacionados com a degradação ambiental e a conservação da biodiversidade. O levantamento dos dados documentais foi efetuado em artigos nacionais, internacionais, indexados, com recorte temporal compreendido entre 2008 a 2017, com especial atenção ao período entre 2013 e 2017. As bases de dados consultadas foram o Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Ministério do Meio Ambiente (MMA); European Environmental Agency. Foram selecionadas 32 literaturas a partir de dois indicadores da cienciometria (frequência de artigos e citações, base de dados indexados), além, do autor, ano da publicação, e a existência do devido registro (ISBN/ISSN/DOI). Os dados obtidos indicaram que a degradação ambiental está atrelada a ocorrência de impactos de origem antrópica, independente do uso do solo bem como dos recursos naturais. Quanto à diversidade biológica, a análise da literatura selecionada indicou que não há uma consonância entre os autores, ou seja, as razões da existência, ocorrência, habitat e manutenção do mesmo, ainda não são uniformes, além disso, a conservação, o uso dos recursos naturais e a proliferação da biodiversidade, não são integrados de forma a garantir que o uso desses recursos não comprometa a conservação e a manutenção da diversidade biológica. Com isso, é necessário que tal uso seja realizado sem comprometer o processo produtivo, mas que haja uma garantia quanto a manutenção da qualidade ambiental e, consequentemente, o equilíbrio ambiental e a manutenção da biodiversidade. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento sustentável; equilíbrio ambiental; recursos naturais. ENVIRONMENTAL DEGRADATION AND BIOLOGICAL DIVERSITY / BIODIVERSITY: AN INTEGRATING REVIEWABSTRACT Environmental degradation has a direct link with the loss of biological diversity or biodiversity due to the use of natural resources, which compromises the conservation
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