Introdução. Um dos grandes objetivos da Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica é a desmistificação da especialidade junto aos acadêmicos, mostrando que a atuação da mesma vai muito além da estética do paciente. A cirurgia reconstrutora procura a restauração da funcionalidade além da estética e, quando envolve o tratamento de feridas complexas, contribui significativamente para a diminuição da morbimortalidade dos pacientes e melhora da qualidade de vida dos mesmos O tórax é local de risco e a infecção de uma esternotomia pode ter evolução rápida e devastadora para mediastinite. Apresentação do caso. Homem de 60 anos, hipertenso, ex tabagista e ex etilista submetido a revascularização miocárdica completa eletiva em 2015, evoluiu em 14ºPO com hiperemia de cicatriz de esternotomia, submetido a ampla antibioticoterapia sem melhora. Foi avaliado pela Cirurgia Plástica conforme protocolo do hospital e indicada abordagem cirúrgica pela mesma, com desbridamento amplo e instalação de terapia por pressão negativa; a cultura do fragmento esternal identificou KPC multirresistente, bactéria de difícil tratamento. Após 3 abordagens cirúrgicas, com 2 trocas de terapia por pressão negativa (TPPN) e extensa antibioticoterapia, a evolução do paciente foi favorável. Discussão e Conclusão. O tratamento de feridas operatórias infectadas vai além da ampla antibioticoterapia, é necessária a abordagem da ferida com desbridamento, porém o por si só não é o suficiente e o fechamento de uma ferida infectada tem consequências desastrosas. A TPPN permitiu uma grande revolução no tratamento de feridas, pois cria um ambiente suficientemente seco que dificulta a proliferação bacteriana e favorece a cicatrização local como um todo. A abordagem de feridas pela Cirurgia Plástica é um grande exemplo de área de atuação que vai além da preocupação estética – tem-se uma importante diminuição de mortalidade e morbidade para os pacientes.
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