Este artigo tem como propósito apresentar o estudo realizado em uma escola pública da rede municipal de ensino da cidade de Fortaleza-CE, a partir da aplicação da Metodologia Ergonômica para o Ambiente Construído-MEAC, proposta por Villarouco (2008). As etapas seguidas para realização do estudo foram: Análise Global do Ambiente, Identificação da Configuração Ambiental, Avaliação do Ambiente em Uso, Percepção Ambiental do Usuário e Diagnóstico Ergonômico do Ambiente. Nesta ultima etapa foi elaborado um diagnóstico destacando alguns problemas encontrados e relacionando com recomendações para a adequação do espaço aos seus usuários, a fim de propor melhorias aplicáveis aos ambientes. Os resultados obtidos após a análise direcionam para a necessidade de melhorias em alguns aspectos, sobretudo relacionadas a conforto e acessibilidade. Por fim, destacam-se como pontos cruciais as interações entre as variáveis do ambiente construído e a realização das atividades dos usuários, a fim de alcançar os ideais definidos pelos estudos da Ergonomia. PALAVRAS-CHAVE: ergonomia; escola; MEAC; percepção pelos usuários.

Dada a relevância da praça enquanto espaço público de encontro, convivência e socialização, buscase, com este trabalho, realizar a avaliação de duas praças na cidade de Quixadá-CE. Este estudo faz parte da pesquisa de mestrado em andamento, que trabalha o espaço público e as questões de urbanidade em cidades de médio porte. Para este artigo o enfoque é a ergonomia do ambiente construído, e o estudo tem como base a Metodologia Ergonômica para o Ambiente Construído-MEAC (VILLAROUCO, 2008). A metodologia é composta por cinco fases: análise global do ambiente; identificação da configuração ambiental; avaliação do ambiente em uso; percepção ambiental do usuário; e diagnóstico ergonômico do ambiente. Considerando tanto os aspectos físicos e ambientais, quanto comportamentais, o estudo contempla a avaliação da percepção dos usuários, bem como as suas relações com o espaço. O levantamento de dados ocorre nas duas praças e centra-se no método comparativo. Por fim, além de apontar as principais problemáticas das praças selecionadas, foram propostas recomendações para contribuir com possíveis soluções, ou ao menos, amenizar os problemas identificados.

A convivência em espaços públicos nas zonas nobres das grandes cidades vem sendo progressivamente abandonada devido a diversos fatores, dentre eles o medo social e a ocupação com uso excessivo de tecnologias portáteis. A relação das crianças com o meio urbano vem enfraquecendo e isso pode vir a se tornar prejudicial tanto para o desenvolvimento neuropsicomotor destas, como para o senso e a forma de apropriação da cidade. A partir desta reflexão, foi identificada na cidade de Fortaleza, a Praça Luiza Távora como um espaço público que recebe intensa atividade de ocupação, mesmo estando inserida no contexto de bairro nobre. A partir da aplicação da Metodologia Ergonômica para o Ambiente Construído (MEAC) a pesquisa se propõe a explorar aspectos físicos e de percepção do usuário que indicam que a motivação deste tipo de uso se dá por ser um espaço acessível, lúdico e seguro. No decorrer do processo foi identificada a dificuldade em IX Seminário Brasileiro de Acessibilidade Integral. Natal, 13-15/maio/2020 incluir crianças abaixo de sete anos no processo pleno de participação, sendo indicado como sugestão de tema para futuras pesquisas.